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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Teatro não é só atuar... Diário do Nordeste

Olá pessoas, esse semana aqui em Fortaleza está uma correria. Tive uma gravação do Programa "Intencidade" da TV Record que foi ao ar sábado agora às 10:45am. E fui ao grupo Verdes Mares dar uma entrevista ao jornal DIÁRIO DO NORDESTE. Vou copiar a matéria aqui e logo que receber o video da matéria postarei tbm....passei o fds em Paracuru e foi maravilhoso...depois conto mais detalhes...

Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?aviso=yes&codigo=668162

Jornal Diário do Nordeste

Domingo, 06 de Setembro de 2009

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IURY LUPAUDI saiu de Fortaleza, aos 17 anos, para seguir na carreira teatral, desenvolvendo atividades também como diretor, produtor e assessor cultural (Foto: Thiago Gaspar)



A alternativa para alguns atores é sair de Fortaleza em busca de caminhos para a arte. É o caso de Iury Lupaudi, que já trabalhou em diversas áreas para realizar o sonho


Se o artista sofre com os percalços em buscar espaços para mostrar a sua arte, outros enfrentam, ainda antes, dificuldades em provar que seu talento merece ser desenvolvido. O ator e arte-educador Iury Lupaudi, 25 anos, sabe o que é isso. "Aqui em Fortaleza, sempre mudava de colégio por conta do teatro, que era o que eu queria fazer. Em uma das escolas, cheguei a ganhar todos os festivais. A precariedade no ensino de teatro, na época, me fez refletir sobre a importância que as artes cênicas têm na vida do indivíduo".

Na hora de trilhar novos caminhos, o jovem, à época com 17 anos, não hesitou em mudar de cidade: seguiu para Brasília com o intuito de investir na carreira acadêmica. Lá, continuou apostando em sua formação, até concluir o curso de Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.

"Tive de trabalhar como vendedor, fiscal de ônibus, ator de shopping, telemarketing pornô, ator da Universal do Reino de Deus, atendente de rodoviária. Nós, das artes, sempre temos que nos superar para galgar espaços que não sejam convencionais aos palcos".

Durante o trajeto, uma inquietação não lhe saía da mente, desde que deixara sua terra. "Uma cidade tão rica como Fortaleza e ainda protelar um ensino de arte diversificado, globalizado e com possibilidades aos alunos de um contato real e crítico, é questionável. Por isso me motivei a pesquisar o Processo Colaborativo no ensino de teatro", explica.

Desde então, passou a trabalhar em escolas de Brasília, ouvindo os depoimentos dos alunos. "Não trabalho com o ensino tradicional, com os estudantes como marionetes nas mãos do professor, com papéis definidos e locais marcados. Eles dão opinião, desenvolvem um senso crítico", afirma. Sem deixar de lado também a atuação, encenou dezenas de peças, em algumas desafiando o próprio diretor, sempre com a concepção de um teatro ativo e crítico. Em todas as incursões, Iury se tornou um multiprofissional, tendo de se fazer diretor, dramaturgo, produtor e assessor cultural de Artes Cênicas para poder levar à frente seu sonho antigo.

No começo de 2009, Iury ingressou, como ator-criador, em um dos grupos de pesquisa do Grupo XIX de Teatro, em São Paulo. "Eles fogem do teatro tradicional, vêem o público como espectador ativo e trabalham com a questão das sensações, quebrando um pouco a magia cênica para fazer as pessoas participarem do espetáculo", explica. Agora, junto com o grupo, pesquisa causos e curiosidades da primeira vila operária do Brasil, com base no texto "Destinos", de Paulo Emílio Salles Gomes, para a montagem do espetáculo.

Em Fortaleza, no momento, Iury Lupaudi conversa com diversos artistas para traçar um diagnóstico teatral da capital cearense. "A minha idéia é desmistificar a noção que as pessoas têm com relação ao Centro-Oeste e Sudeste do País, e também o contrário. Teatro não é só representação".

SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER

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